Echoenergia e Ventos que Transformam: Evento de encerramento da I Etapa de Oficinas Práticas enfatiza todo o potencial de aprendizado das turmas e o protagonismo nas atividades

Um espaço aberto, cadeiras coloridas e um palco logo abaixo de uma árvore, onde ao fundo, toda a arte produzida pelas mãos dos próprios alunos, ficava aparente, vibrante e deixando a mensagem de protagonismo que seria contemplada durante todo a noite de apresentações do encerramento da I Etapa de Oficinas Práticas em Tianguá/CE! Antes mesmo de começarem as apresentações, não tinha como não notar o resultado produzido pelas turmas de cada oficina, seja nas árvores literárias com caixotes, aplicação de tecido e pintura dos alunos, ou nas caixinhas de som que não conseguiam mais ficar silenciosas nos corredores da escola, já com uma playlist exclusiva de escolha da rádio e também nos avisos de que logo mais haveria um evento importante aberto para toda a comunidade.

Bem ao lado do espaço de sombra e área verde da escola, onde estava a tela do Teatro de Sombras, mais um aparato que ninguém tinha visto antes de começarem as oficinas, um aquecedor de água solar, um pouco mais acima, uma lâmpada solar com materiais reaproveitados pela turma de Educação Ambiental. Andando só uns passinhos mais ao lado, já daria para notar a porta aberta para a horta da escola, cheia de plaquinhas de identificação das hortaliças e das divisões de plantação das novas mudinhas!

Mesmo os que não ficariam para a apresentação final, saiam da escola contemplando vários dos trabalhos autorais dos educadores, estudantes, pais de aluno, moradores da comunidade, Secretarias de Educação e Cultura do município que se fizeram presentes, e deixaram sua contribuição durante toda a semana. Mas, não poderia deixar de ter uma programação especial para aquele fechamento de uma ação com tanta produção participativa, enfática a cultura local e com tantos elementos de referência e importância para todos que participaram.

A abertura contou com trabalhos de música e arte já desenvolvidos na comunidade, com um grupo de percussão e uma linda apresentação de balé. Abrindo as atividades das oficinas, a Rádio Escolar, surpreendeu a todos com vinhetas prontinhas, com fundo musical e locução dos alunos da turma, falando sobre educação ambiental, cidadania, leitura e teve até o seu Chichico soltando a voz e deixando seu recado registrado para a comunidade! E, quando estava no finalzinho, teve ainda vinheta de apresentação do Projeto Ventos que Transformam, da Echoenergia, com formação do Instituto Brasil Solidário!!

As alunas da Oficina de Confecção de Materiais para os espaços literários, deixaram também sua marca bem apresentada e exposta na linda Tela que fazia composição ao cenário do Teatro de Sombras. O desenho, todo detalhado e enfatizando vários elementos de referência da cultura de Tianguá e Ubajara, não escondia a delicadeza e dedicação da turma, que conseguiu dentro do conceito do “Juntos Construímos”, transformar o retalho, pequenos pedaços de tecido, barbante, linha e muita criatividade numa Tela artística com toda a beleza natural dos dois municípios.

E, claro, não podemos esquecer da apresentação emocionante do Teatro de Sombras, que trouxe a história de luta e conquista do Assentamento Valparaíso, que neste ano de 2018 completa 30 anos. Os olhares atentos para identificar cada recorte da apresentação, emocionou, principalmente pelas homenagens aos primeiros moradores da região. A integração do incentivo à leitura e educação ambiental valorizando todo o potencial já presente na comunidade esteve em destaque em todas as ações desenvolvidas durante as oficinas práticas, realizadas entre os dias 18 e 20 de abril, na Escola Família Agrícola Antônia Suzete de Olivindo da Silva e Francisco Nemésio Cordeiro, resultando num trabalho colaborativo e de fácil multiplicação em qualquer escola da região.

Para Flávia Montoni, Social Manager, gerente de responsabilidade sócio ambiental da Echoenergia, o resultado visto já nessa primeira etapa de formações, mostra uma consonância com algo de continuidade na comunidade e que pode ser replicado de forma autônoma pelos próprios educadores. “Quando estávamos ainda na fase de planejamento, construindo um sonho coletivo, dentro do que foi dialogado com a comunidade, não tínhamos ideia ainda do que poderia acontecer, como seria recebido e se estaria dentro do que imaginávamos, hoje, vimos uma ação concretizada, sólida e de muita qualidade, e temos muita expectativa de que começamos uma atividade de impacto e benefício não só para a escola, mas em toda a região”, ressaltou.

Segundo Marizete José da Silva, uma das líderes da Associação de Moradores de Valparaíso, e Diretora da Escola Família Agrícola Antônia Suzete de Olivindo da Silva, as oficinas deixaram um legado importante de aprendizado que a comunidade e toda a escola estão motivados a serem multiplicadores dentro e fora do ambiente escolar. “Eu acredito na educação de movimento, na educação com várias pessoas envolvidas, colaborativa, por isso ficamos muito felizes como a forma que foi construído todo o processo do projeto, e de ver acontecendo tudo aquilo que planejamos, sonhamos e idealizamos pra esse momento, agora assumimos esse compromisso e responsabilidade de expandir todo o aprendizado para além dos muros da escola”, enfatizou Marizete.

Somente nessa primeira etapa de formações, os educadores e alunos participantes fizeram parte de um processo de transformação nos eixos de educação ambiental e incentivo à leitura, com doação de mudas, doação de livros, instalação de viveiros, além de equipamentos para a rádio, que ficarão como legado para a toda comunidade escolar.

Confira em números o impacto do projeto nessa primeira jornada de oficinas práticas:

- 600 mudas doadas para arborização local;

- 02 viveiros de mudas com ferramentas e materiais para produção e arborização;

- 03 sistemas de compostagem implementados;

- 03 minhocários doados;

- 03 filtros de águas cinzas;

- 03 aquecedores de água solar;

- 03 fornos solar;

- 03 salas iluminadas com lâmpadas produzidas com garrafas PET;

- 60 adesivos de sinalização;

- Canteiros ecológicos e hortas verticais e convencionais implementadas com técnicas de reaproveitamento de materiais (recipientes ecológicos);

- 03 caixas de decomposição instaladas;