Echoenergia e Ventos que Transformam: Construção de Canteiros Econômicos, Técnicas de Irrigação e Espiral de Ervas, além da elaboração de um Inventário da Flora local movimentaram as ações da Oficina de Horta, Viveiro e Compostagem




Não deu para ficar parado na Oficina de Horta, Viveiro e Compostagem nesta segunda etapa de Oficinas Práticas! A ação, que fez parte das atividades do Projeto Ventos que Transformam, da Echoenergia com formação do Instituto Brasil Solidário, realizadas durante os dias 15 e 17 de maio, movimentou não só as áreas verdes de dentro da escola, mas todo o entorno da comunidade, envolvendo um trabalho de pesquisa e levantamento de dados sobre a flora presente no Assentamento em Valparaíso.

Numa ação em campo, os alunos realizaram um levantamento, que resultou na catalogação de 900 árvores locais, cerca de 10% do Assentamento em Valparaíso, envolvendo até entrevistas com os moradores. As informações coletadas na comunidade, foram registradas e organizadas num Inventário, que ficou de legado para os moradores e educadores da escola, dando um panorama da biodiversidade da flora do Assentamento. Ao final, a conclusão da pesquisa levantou um alerta importante sobre a invasão de plantas exóticas, que representaram 76% das árvores catalogadas. Somente de Nim, foram identificadas mais de 250 árvores, tomando um espaço que é importante para as plantas nativas e que devem ser sempre prioridade na manutenção da fauna equilibrada da região.

Segundo a gestora ambiental, Márcia Andrade, que esteve à frente da atividade, o documento feito pelos alunos gerou um impacto de sensibilização na escola, possibilitando uma ação imediata dos estudantes, que já planejam uma campanha para a troca de árvores exóticas pelas nativas. “Os alunos ficaram impressionados com o resultado da catalogação, pois as plantas invasoras estão ocupando um espaço muito significativo dentro desses 10% de área do Assentamento, então, eu percebi que a reação deles foi muito parecida com a que vimos na visita ao Lixão, foi uma atividade de sensibilização mesmo, e já estão articulando com a escola para começar uma campanha para a troca por plantas nativas, inclusive, o Projeto já trouxe 600 mudas que vão contribuir bastante para o início dessa proposta”, ressaltou Márcia.

Já no espaço de Horta e Viveiro da Escola, as atividades mobilizaram uma força tarefa dos educadores, alunos, coordenadores pedagógicos e técnicos das Secretarias de Educação para participarem de técnicas de manejo e de convivência com o semiárido, que exigiu bastante manuseio na terra e equipamentos de plantação. Logo no primeiro dia, foram construídos dois canteiros ecológicos e econômicos, incluindo uma técnica de irrigação com menor perda de água no processo. 

Dentro dos canteiros, foram organizados espaços utilizando garrafas PET, coloridas e bem criativas para implementar a composição da horta da escola. Teve ainda, a montagem de um Espiral de Ervas nas duas escolas em Valparaíso e um espaço reservado para o banco de sementes, ressaltando a importância dessa estrutura na segurança alimentar.

Ampliando a proposta para além da Horta, a turma, que contou com 30 participantes, também se envolveu em ações de economia doméstica, como a produção de sabão utilizando poucos ingredientes e muita praticidade para render um produto de utilidade do dia a dia. Outra ação com alternativas criativas, foi a construção de uma mesinha de apoio feita com garrafa PET, que aproveitou o papel reciclado produzido na sala de Educação Ambiental para revestir e deixar o móvel personalizado e fácil de ser replicado em casa.

As bolinhas de sementes também divertiram a turma durante a oficina, mexendo diretamente com a terra, o barro argiloso e sementes nativas, os alunos fizeram bolinhas de terra com um coquetel de sementes variadas e logo em seguida, arremessaram em espaços degradados e que, a partir dessa técnica, permitirá o desenvolvimento de novas plantinhas nesses locais. “Estou adorando a Oficina, principalmente dessa ideia das bolinhas de sementes, porque eu gosto muito de mexer com a terra e eu nunca tinha visto sobre essa técnica, eu vou levar para casa, acho que é algo que ajuda no reflorestamento de cantos que precisam de árvores para dar um ambiente melhor, respirar, dar um ar mais puro da natureza naquele local, gostei muito”, enfatizou o aluno Cristiano Ronaldo de Sousa Alves, de 11 anos, da Escola Humberto Ribeiro Lima, de Ubajara.







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